25 de ago. de 2010

EXPOSIÇÃO DE ARGUMENTOS SOBRE A NECESSIDADE PARA A IMPLANTAÇÃO DA EDUCAÇÃO SOCIOCULTURAL COM BASES HOLÍSTICAS EM NOSSA REALIDADE SOCIAL


Considera-se o nosso construto cultural, político e social, dos fundamentos da nossa formação sócia histórica - e suas consequências, pela própria e cada vez mais crescente desestruturação na “falsa” perspectiva e seus postulados democráticos, que exige além mais do que a reflexão, más o partir para a ação sobre as profundas fendas que o processo de mundialização vem produzindo na legitimidade moral da eliminação do “outro” – do vale tudo”: como mudanças no padrão da violência nas escolas públicas que englobam agora não só o vandalismo, mas também práticas de agressões interpessoais (Spósito 2002).

Já é mais que fato que cidadania não se aprende em campanhas esporádicas, em livros, e sim se constrói com o processo de educação, é uma questão cultural. Quando falamos de educação, de processo, falamos de família, comunidade, escola, sociedade, e isso é um ciclo que a tendência normal é o aprimoramento (de valores, de produção de bens, de qualidade de vida, de identidade, de participação, de “fazer parte”, e quando se fala da família, se fala do grupo –primário- mais importante para a formação de uma sociedade saudável (famílias desestruturadas)2 = sociedade enferma.
E é este grupo base que precisa ser cuidado com carinho, com atenção, com singularidade, pois são vários os fatores que podem concorrer para uma situação de intervenção, de ajuda (nunca de intromissão, por isso é importante o trabalho gradual comunitário da educação sociocultural multi/ e interdisciplinar).
O alcoolismo, drogas, transtornos mentais, desemprego, crises financeiras (que também pode ser uma conseqüência), entre outros tantos, são concorrentes a desestruturação familiar, ao “fracasso escolar”, a delinqüência, a uma cidadania estagnada e a sociedade enferma, a um ciclo vicioso, que condena a gerações e gerações ao não resgate até da simples dignidade de ser humano, com o que o é de direito e dever.
Quando acima é citado nosso “construto cultural”, isso não significa que este ciclo não possa ser modificado, ou seja, que ainda tenha que ser movimentado por gerações com os mesmos erros, caminhando para “idas sem opções de voltas”, já que cientificamente está comprovado que quem faz o homem é o meio em que ele se desarrolha, pois temos como incumbência, homens de consciência e de boa vontade, a responsabilidade não somente de desenvolver tecnologias espaciais a Miles de quilômetros tão longe, quando se olharmos a poucos metros, a nossa frente, veremos o quanto se há de fazer!
Solange Cordeiro Mor

                                                                                                    
“Si uma sociedade espera alcançar a renovação, ela tem que ser um ambiente hospitaleiro para mulheres e homens criativos. Tem também que produzir pessoas com a capacidade de auto-renovação. Más a renovação - da sociedade e dos indivíduos - depende, em alguma medida, da motivação, do compromisso, da convicção, os valores pelos quais as pessoas vivem pelas coisas que dão sentido à suas vidas.”

 John W. Gardner - Self-Renewal, The Individual and the Innovative Society