21 de mar. de 2010

POLÍTICA SOCIAL OU SIMPLESMENTE "MAIS UM FEITO"

Outro dia, em uma conversa informal com a Primeira Dama e Presidente do Fundo Social de Solidariedade de um dos municípios mais ricos da grande São Paulo, ela me dizia, que o grande sonho de seu marido, então o Prefeito da cidade, seria implantar educação em tempo integral nas escolas do município. Achei o projeto ótimo, além de que, em minha época de colégio era bem assim: tínhamos pela manhã (digamos) aula normal, e pela tarde, esportes, laboratório e biblioteca para pesquisas, artes (cênica, plástica, etc.), música, dança, ... o que não faltava eram opções para uma formação integral. E não era chato não, era prazeroso e divertido ... bons tempos aqueles!!!
De passo da Secretaria de Fundo Social e Solidariedade, passei pela Secretaria de Comunicação Social, onde tinha uma visita agendada com o Secretário, e comentando com este sobre o grande "sonho" do Prefeito, o Secretário então me explicava que as crianças teriam que estar mais tempo nas escolas que em suas casas problemáticas: com seus pais alcoólatras, longe dos conflitos da família, etc. Tive a sensação de ficar com minha boca aberta por uns 10 minutos e que meus olhos nunca mais iriam voltar ao normal! Pois bem, meus olhos e boca voltaram ao normal, mas a minha inconformidade de como a "boa vontade" -versus- "política social" e "gestão, ações mal orientadas por profissionais incapacitados, ou inconsequentes, ou não comprometidos com seu profissionalismo, seja como for afeta toda uma, ou várias gerações de cidadãos (neste caso de forma negativa), e mais que isso, de seres humanos, que como zumbis emocionalmente desorientados,  estamos avançando na construção de toda uma sociedade cada vez mais desequilibrada (em todo seu sentido de existência).

ISTO É MUITO, MUITO SÉRIO, tanto o é que  me pergunto, se o homem porá fim primeiro às geleiras, ou a ele mesmo?

"Queridos Chefes de Governo", boa vontade e muito trabalho, sim e sempre, mas bem orientados por profissionais competentes das áreas a intervir, e "nunca" sem uma séria pesquisa sobre a realidade social a (trans) formar.

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