13 de abr. de 2011

O BURACO NEGRO FICA MAIS EMBAIXO


É triste cada vez que minha teoria confirma que nossa sociedade está enferma, e que ontem não foram 13 mortes, vítimas (considerando que Wellington também é vitima), deste bicho papão que não está mais nos contos. O homem sempre manifestou sua violência, mas agora, desta forma tão doentia, como uma epidemia! Os viodeosgames, o bullying, o aqui e agora, o ser X ter, a corrupção, a moral, a ética... o buraco negro?

Como educadora, e como muitas outras pessoas, é muito frustrante ter a consciência do que está passando, saber que se pode e como fazer algo, e não poder, pois se precisa contar com políticas sociais de base sérias, comprometidas, e não temos este respaldo.

Hoje, para a família é prioridade o pai fazer horas extras e com isso comprar o tal do Nike para o filho, pois o vizinho já desfila com uns desses na escola. Essas horas seriam mais importantes compartidas entre pai e filho, entre família, no entanto, são prioritárias para aquisição do aqui e agora! E assim caminha a humanidade...

Não deveria impressionarme em ouvir tanta especulação sobre este cenário que simplesmente é o reflexo, a conseqüência da enfermidade da qual padece nossa sociedade.
Ouço e vejo profissionais, formadores de opinião, com grande responsabilidade sobre a sociedade em falas sem critérios: jornalistas, psiquiatras, e outros televisíveis conduzindo esta tragédia para mais um espetáculo, do aqui e agora.

Será que nós, simples mortais temos que fazer algo? Nós, cidadãos inconscientes do nosso papel social podemos transformar este cenário?

Quem já pensou que "Wellinguiton" também é uma vítima entre as vítimas? Agora estão querendo traçar o perfil de "Wellinguiton", e descobriram que quando criança não apresentava um comportamento social tido como normal, no entanto, não havia um profissional na escola, pelo menos para especular o porquê disso!

Quantos "Wellinguiton" brasileirinhos passam despercebidos em nossas escolas da vida, em nossas escolas que estão ai para formar pessoas.
É o que sempre pergunto: A escola faz a sociedade, ou a sociedade faz a escola?

A base de uma sociedade é a família, seja ela como for desde que esteja bem estruturada, e nos tempos em que vivemos escola, família e comunidade, não podem viver sem estarem integradas e com apoio de políticas sociais sérias e bem direcionadas, com profissionais preparados e equipe multidisciplinar como Psicopedagogos, Psicólogos, Pedagogos, etc.

NÓS, EDUCADORES, PSICOPEDAGOGOS, PSICÓLOGOS, SOCIÓLOGOS, PESSOAS CONSCIENTES, SIMPLES MORTAIS DEVEMOS FAZER ALGO!
Solange Cordeiro

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